Alunos visitam Fundação Dorina Nowill

VIA desenvolve atividade com alunos e deficientes visuais.


As Vivências Interculturais Ampliadas (VIA) tem em um dos seus eixos estruturantes o Nature & Society, São cursos com foco nas Ciências da Natureza e que promovem o contato com os fundamentos do método científico, da observação empírica e da pesquisa laboratorial, despertando a curiosidade para compreender fenômenos naturais em suas dimensões física, química e biológica.

Em uma das atividades desse eixo, denominada Body and Perception, a professora Tammy Iwasa promoveu um estudo que envolveu diversos aspectos da vida e das relações com pessoas portadoras de deficiência.

“Nós começamos o estudo focando a questão sensorial. Por isso, um dos primeiros tópicos tratados foi o paladar, se há alguma deficiência que afeta essa área, se outros animais, nesse sentido, têm uma percepção como a nossa”.

Tammy explica que o próximo tema a ser tratado será a cegueira, e o intuito da saída é que os alunos tenham uma visão social sobre a condição, antes de serem apresentados à parte clínica e funcionamento do sistema ocular. “Isso é para evitar o preconceito de que a pessoa com alguma deficiência é limitada em relação às atividades que ela pode fazer”.

Os estudantes foram recebidos, na Fundação Dorina Nowill para Cegos, pela educadora Sílvia que apresentou para eles as instalações do prédio e contou um pouco da trajetória da fundadora, que empresta seu nome à Instituição.

Ela explicou um pouco sobre a diferença entre os cegos e as pessoas que possuem baixa visão, dizendo que, às vezes, poderíamos não identificar a condição, pois os sinais se manifestam de formas diferentes nessas situações.

Dentro de uma das salas, há um museu que expõe grande parte das maneiras utilizadas para facilitar o entendimento das pessoas ao longo dos anos e também um software de leitura de livros em que a própria fundação disponibiliza obras.

Sílvia explicou sobre as técnicas aplicadas na alfabetização de cegos através do braile e como o método evoluiu com o passar do tempo. No início, o toque era feito através de letras cursivas em relevo, o que dificultava a leitura.

Os alunos entenderam um pouco mais como funciona a bengala utilizada por deficientes visuais através da experiência de andarem vendados, guiados por colegas e com o auxílio do piso tátil.

Tammy comenta que os alunos farão uma atividade para o desenvolvimento de quadros táteis, que serão doados ao Instituto. “Eles ouviram sobre a ideia do alto contraste, que auxilia as pessoas com baixa visão, e tiveram contato com quadros táteis. A produção será baseada em tornar obras famosas acessíveis, empregando essas técnicas”.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos tem como objetivo o atendimento de pessoas com deficiência visual e suas famílias, através de serviços especializados, como nas áreas de educação especial, reabilitação clínica de visão subnormal e empregabilidade.

Ela é reconhecida também por ter uma das maiores gráficas de produção em braile, adaptada para tipos de baixa visão.


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