Batalha medieval do Infantil 2 e 3

A atividade se deu através da junção dos projetos dos dois grupos


Durante o primeiro semestre de 2019, os grupos do Infantil 2 e 3 trabalharam, respectivamente, com as temáticas de monstros e batalhas medievais.

O Projeto “Corre, é batalha!”, do infantil 3, surgiu através de uma brincadeira recorrente que os alunos do grupo faziam durante o recreio. A professora Camila Marani observava sempre toda a narrativa que as crianças criavam, desde a construção dos castelos até as “batalhas” que faziam entre eles.

A brincadeira passou para a sala de aula. Nesse momento, os alunos exploraram diversos materiais para construir seus próprios castelos, pesquisaram sobre os estilos medievais, assombrados e outros. Ao longo do percurso de estudo das construções, o interesse por batalhas medievais ficava cada vez mais latente.

Em uma outra turma, o Infantil 2, a inserção do tema monstro se deu durante o período de adaptação. O disparador do projeto “Os diferentes seres de dentro e de fora” foi o livro Vai embora, grande Monstro Verde, de Ed Emberley, e muitas histórias envolvendo personagens com bruxas, monstros e vampiros.

Os seres estavam presentes em grande parte da rotina dos alunos da professora Carolina Gentil. Desde atividades sensoriais, culinárias e até como mascotes da sala. Durante a exploração do tema, os alunos foram inseridos no cenário de um castelo assombrado que reunia todas as figuras já estudadas.

Surgia a oportunidade de uma intersecção dos trabalhos. As professoras decidiram unir as turmas para continuar o encantamento gerado por esse universo de faz de conta no qual as crianças estavam inseridas.

Houve uma troca de cartas entre os grupos a fim de estabelecer as regras para o encontro. O castelo medieval receberia os integrantes do castelo mal assombrado para uma batalha. As crianças construíram adereços, elementos do cenário, e as roupas que foram usadas, junto às famílias. Além disso, puderam escolher um personagem para serem durante o encontro.

Além da temática dos castelos, outro ponto em comum dos trabalhos foi o desenvolvimento dos sentimentos. Durante todo o projeto, o assunto foi trabalhado pelas professoras Camila e Carol com as crianças. O empoderamento e o fato de poderem lidar com seus medos de uma forma diferente fizeram com que os alunos vivessem o momento de outra forma.

As professoras concluíram que todos os processos que compuseram o trabalho ressignificaram a convivência dos alunos e propuseram uma nova perspectiva do outro. “Nós acreditamos muito nessa interação entre as idades porque na troca com um grupo que tem uma maturidade diferente cada um pode contribuir com o outro de uma forma diferente. A partir desse dia, eles criaram um vínculo, porque vivenciaram um momento marcante juntos”, contou Carolina.

Camila comentou sobre a questão do faz de conta: “ É importante a criança saber que ela pode escolher quem ela será e que aquilo é um personagem e naquele momento ela pode colocar para fora o que ela está sentindo, o que aquela situação está proporcionando para ela naquele momento”.

“É importante darmos esse espaço para que a criança mostre seus desejos”, finalizou Carol Gentil.


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