21ª Mostra Cultural Lourenço Castanho

Produção acadêmica dos estudantes é apresentada em evento para toda a comunidade


No sábado, 26 de outubro, aconteceu, na Unidade do Ensino Fundamental II, a 21ª Mostra Cultural da Lourenço Castanho. No evento, alunos do Ensino Fundamental II, Ensino  Médio e do EJA apresentaram à Comunidade da Lourenço os trabalhos produzidos durante o ano de 2019.

Além das apresentações das produções, houve a premiação dos ganhadores do Concurso de Produção Textual. Os alunos puderam ler seus textos e contar um pouco sobre o planejamento e de onde tiraram as ideias para  produzi-los.

Boa parte dos trabalhos apresentados na Mostra foram baseados no Projeto Integrador das várias séries, norteados por perguntas disparadoras.

Os 6°s anos trabalharam com a questão “Como eu me relaciono com os problemas do mundo?”. O Projeto contou com 3 estudos de campo: na cidade de São Paulo, em Salto – SP e em Extrema – MG. Dentre os problemas que vivenciaram na ida a campo, os grupos escolheram um tópico para se aprofundarem. Através das investigações, os alunos produziram apresentações no programa Sway. As temáticas abordadas foram: poluição dos rios, poluição do ar, desmatamento, consumo excessivo de plástico, mau uso dos rios, falta de água potável, desperdício de alimentos.

A mãe da aluna Olivia Levy, Vicky Levy, se emocionou muito com a apresentação da filha e achou a questão abordada muito importante. “Eu achei muito bom porque através desse trabalho eles estão se conscientizando sobre o contexto mundial e podem pensar sobre o que consumimos e o impacto que esse consumo traz para o mundo”.

Sandra Adelizzi, professora do componente de inglês, acompanhou todo o desenvolvimento dos projetos do 6° ano e disse ter ficado muito satisfeita com o resultado. “Poder ver esse fechamento do trabalho, com toda a preparação e engajamento dos alunos, é muito gratificante para mim”.

“Como nossas memórias são construídas?” foi a pergunta disparadora das salas do 7° ano. A abordagem da questão se deu através dos diferentes tipos de patrimônios existentes no mundo. Os destinos do estudo de campo que compuseram o projeto foram: o Museu da Imigração, a Pinacoteca do Estado, o Solar da Marquesa de Santos e o Museu de Zoologia da USP. Além destes, os alunos também viajaram a Paraty, a fim de investigar a história da cidade e entender quais são as heranças que perduram durante o passar dos anos.

Através de uma maquete do quilombo dos Palmares e uma exposição de fotos tiradas no Vale do Ribeira, o 8° ano aprofundou as questões levantadas pelo projeto de série “como conhecer o outro transforma o modo de me relacionar com o mundo?”. Os alunos apresentaram a vivência no Vale do Ribeira, junto aos alunos da Escola Estadual Quilombola Maria Antonia Chules Princesa. Em paralelo a isso, elaboraram uma apresentação musical no ritmo do Maculelê, presente na cultura local.

O tema central dos trabalhos apresentados pelos 9°s anos foi a Identidade. O Projeto Integrador de Série questionou “em que medida sou produto de mundo e capaz de transformá-lo?”. As apresentações se basearam em todas as atividades desenvolvidas durante o ano, mas, principalmente, no estudo de campo realizado em Brasília.

As alunas do 9° contam que os trabalhos produzidos para a mostra tinham como objetivo a ideia de apresentar uma nova visão sobre os fatos históricos que conhecemos.

“Um dos assuntos que abordamos foram os candangos, que tiveram grande importância para a construção de Brasília. Produzimos nossos contos e cordéis baseados na nossa vivência em Brasília”, disse Leticia Delfino. Maria Antônia Pucci complementa que o tema foi significativo para ela. “Foi muito marcante para mim poder ver de perto uma parte tão importante da história do nosso país”.

Painéis com desenhos feitos a mão, máscaras e pinturas que remetem a grandes obras como Os Lusíadas, de Camões, fizeram parte da sala da 1ª série do Ensino Médio. Através de uma visão artística, as produções estavam voltadas para o processo histórico brasileiro que aconteceu nas cidades de Tiradentes e São João del Rei.

Rafaela Maia, da 1ª série B, contou que, além de uma forma ativa de absorver o conteúdo, o trabalho permitiu a exploração da criatividade dos alunos: “Nós pudemos desenvolver nossas técnicas artísticas, nossas próprias ideias sobre o que estudamos e também apresentar um olhar crítico sobre os temas”.

A 2ª série tem como foco do Projeto de Série as “Experiências Científicas Vivenciadas”, em que, através de um Projeto científico autoral, os alunos abordam um tema de sua escolha e produzem um relatório científico, que será defendido nos dias 04 e 05 de novembro. Alguns dos temas escolhidos pelos alunos em 2019 foram: As consequências geradas pelos estereótipos impostos pela mídia na formação dos adolescentes pertencentes a uma minoria vulnerável na sociedade contemporânea; Como os brinquedos influenciam as crianças no futuro e sua relação com a desigualdade de gênero no mercado de trabalho; Redução da emissão de gases de efeito estufa por usinas termelétricas baseadas na utilização de combustíveis fósseis através de uma fonte energética sustentável; A musicoterapia como ferramenta de auxílio no transtorno do estresse pós-traumático; Quais são as demandas de saúde pública mais urgentes dos moradores em situação de rua, isso visto pelo seu olhar e suas próprias experiências nas ruas; O assédio sexual e sua naturalização em escolas públicas e privadas de Ensino Médio na cidade de São Paulo; Tecnologia na educação infantil: seria adequado o uso de tecnologia nas atividades desenvolvidas na Educação Infantil? Se sim, como?

A motivação da prototipagem dos projetos elaborados no Laboratório de Criação é a solução de problemas reais existentes no mundo. O 6° ano tratou sobre “desequilíbrios ambientais e problemas urbanos” e prototipou hortas verticais e criou uma ilha flutuante purificadora da água. O 7° ano tratou sobre a dispersão e polinização e as sugestões foram a criação de um barco escola, de uma Ponte Verde para animais silvestres e de um sistema Preventivo de queimadas. Os grupos do 8 ° ano produziram seus próprios aplicativos com base no tema “Corpo Humano – saúde” e, também, uma reavaliação de um projeto proposto pelos alunos do 8° ano de 2015. A 3ª série trabalhou na produção de sensores com diversas finalidades, como, por exemplo, medir o dióxido de carbono e os raios ultravioletas.

As Ofertas Formativas Ampliadas (OFAs) também apresentaram os produtos finais construídos durante o ano de 2019 nos cursos Minecraft, Introdução à Robótica, Scratch e Arduino: experimentos e programação. O aluno Gabriel Rufino, da 1ª série, participou da elaboração do Kart feito na OFA de Arduino. Ele contou que a apresentação do kart para os pais durante a mostra reafirma a importância do projeto: “O desenvolvimento do carrinho não foi fácil, mas o processo foi incrível. Essa experiência de poder mostrar o nosso projeto para os pais e alunos é muito gratificante para mim”.

Na biblioteca, os integrantes do NUPS expuseram as conclusões das ações sociais que promoveram durante todo o ano. A apresentação da OFA de dança e cultura contou com a Dança com Véus e a Dança Mowashahat.

Alessandro Amaral, pai do aluno Arthur Rizzi Amaral, participou da aula experimental das Vivências Interculturais ampliadas, promovida por Roberto Ravena, coordenador do VIA. “Eu achei muito interessantes as atividades propostas aqui e muito diferente de uma aula de inglês comum”, afirmou Alessandro sobre o curso Culturalities. Além desse curso, as aulas experimentais também abrangeram os cursos Music creation e Sports and media.

Para fechar o evento, as bandas que fazem parte da OFA de música se apresentaram para os presentes.


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