Manifestações Culturais na Cia dos Bichos

Turmas do Infantil 5 participam de vivência sobre tradições culturais.


Como parte do Projeto de Classe “Por que fazemos roda?”, as turmas do Infantil 5 foram para a Companhia dos Bichos assistirem a dramatizações e apresentações sobre manifestações culturais brasileiras. Eles viram a aparição do Curupira e do Saci, personagens mais aguardados.

Anteriormente, as turmas estudaram os costumes dos povos africanos. A ida à Cia dos Bichos inaugura a etapa seguinte do projeto que é sobre os povos indígenas.

“Agora as turmas estudarão uma outra cultura para entenderem o porquê de os povos indígenas se reunirem em rodas. Para isso, apresentamos as lendas brasileiras que guardam as matrizes do nosso povo (da cultura africana, da indígena, dos portugueses e da europeia). São textos brasileiros que guardam elementos dessas culturas, e a vivência na Companhia dos Bichos é para que eles conheçam esses personagens folclóricos e suas lendas”, explica a coordenadora pedagógica, Vivian Alboz.

Lá, os alunos foram acomodados para assistirem à primeira apresentação teatral com bonecos de fantoche. “Os alunos não sabiam que eles iriam ver os personagens do folclore, como o Saci e o Curupira, então, foi uma surpresa para eles. Logo na primeira apresentação, eles viram o Saci em boneco e gostaram bastante”, destaca a professora auxiliar, Sheila de Souza. Depois, a turma seguiu para o espaço do Curupira, onde conheceram o personagem. “O monitor nos disse que um jeito de conquistar o Curupira era dando uma fruta para ele saber que nós somos amigáveis. Então, uma das crianças chegou pertinho e deu uma fruta para ele”, comenta a professora auxiliar.

O aluno do Infantil 5F, Davi Maciel, compartilha o que mais chamou sua atenção no personagem. “O pé do Curupira era muito grande e ao contrário, só que ele nos disse que não era, que na verdade o nosso que era ao contrário”, comenta.

Terminado esse momento, os alunos foram para a mata capturar o Saci “de verdade”. “Antes de sairmos para capturá-lo, foi explicado que existe uma lenda que diz que, para pegar o Saci, é preciso uma peneira e uma garrafa. Feito isso, fomos atrás dele, e ele apareceu para as crianças”, destaca Sheila. “O tio Banana (monitor da Cia dos Bichos) e a Sheila tentaram capturar o Saci, só que ele percebeu e amarrou os dois”, destaca Ana Beatriz Schilliro, aluna do Infantil 5F. “Só que, depois, conseguimos capturá-lo, mas aí abriram a garrafa e o Saci escapou”, complementa Davi.

Além das encenações teatrais, as crianças passaram em alguns espaços que explicavam outras lendas e histórias brasileiras. Na casa do tio Banana, havia objetos que são supersticiosos para algumas pessoas, como o trevo de quatro folhas que dá sorte para quem o encontra e a história do espelho, que dá sete anos de azar para quem o quebra. As turmas também tiveram uma vivência do Frevo – souberam da história da tradicional dança e puderam dançar caracterizados com saias, coletes e as sombrinhas.

Por fim, aprenderam uma nova brincadeira sobre a “Margarida”, que consiste em uma roda, na qual cada criança é uma pétala e, a cada vez que uma “pétala” é retirada, ela segue para o meio da roda, segurando as pontas da saia da “Margarida”. Para encerrar as atividades, todas as turmas assistiram juntas à última encenação sobre o “Bumba meu boi”. “O Tio Banana era chamado de Chico. A mulher dele, “Catirina”, queria comer a língua do boi. Então, ele foi cortar a língua, e o boi quase morreu, mas a professora salvou ele”, conta Davi sobre a história. No final, todos dançaram, tocaram e cantaram, vestidos com a fantasia do boi.

Em sala de aula, houve um resgate da vivência para compartilharem as experiências e também uma atividade sobre o Saci. “A Vivien Yamamoto (professora titular) disse para a turma que o Saci havia passado pela sala e feito bagunça. Por isso, como lição de casa, a turma deveria desenhá-lo. Só que eles ficaram bastante curiosos, pensando em maneiras para capturar o Saci. Teve até algumas crianças que pediram garrafas para os pais para que pudessem pegar o Saci”, destaca a professora auxiliar.

“Agora, dentro dessas lendas, os alunos verão quais aspectos são relacionados à cultura indígena e tentarão entender por que fazemos rodas atualmente”, explica a Vivian Alboz.


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